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Casa Branca divulga foto de Obama assistindo ao discurso de Michelle
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"Vocês veem, Barack e eu ambos crescemos em famílias que não tinham muito dinheiro ou posses materiais, mas que nos deram algo muito mais valioso - seu amor incondicional, seu destemido sacrifício, e a chance de ir a lugares que eles nunca haviam imaginado para si próprios", afirmou, para, mais tarde, definir o sonho americano: "Mesmo que você não comece com muito dinheiro, se você trabalhar, você conseguirá formar uma grande família".
Trata-se de um discurso similar ao que animou os republicanos na semana passada em Tampa, na Flórida. Mas enquanto Romney e seus colegas republicanos tanto falaram do mito americano da superação pessoal em termos de liberdade, Michelle e os democratas promoveram uma leve, ainda que fundamental, mudança de eixo em direção à oportunidade.
"Vejo Obama chorando sobre cartas de pessoas sofrendo para pagar tratamentos e as contas", contou Michelle. "'Temos tanto ainda a fazer por essas pessoas'", contou, sobre as noites do marido, debruçado sobre sua mesa de trabalho. "Para Barack, sucesso não é quanto dinheiro você ganha, mas a diferença que você faz na vida das pessoas".
O foco, portanto, ainda é a chance única de o indivíduo americano fazer a sua vida do seu modo. Mas, para Michelle e para os democratas, isso só é socialmente (e não meramente individualmente) possível com a presença do Estado, que torna esta caminhada possível aos menos privilegiados. Não é exatamente o ideal de Paul Ryan, o vice-republicano, que quer uma Washington cada vez menos cara, menos atuante e menos intrusa.
A lógica conclamada na primeira noite em Charlotte é coletivista (ou, se a crítica o quiser, paternalista). "(Obama) acredita que, quando você obtém sucesso, você volta e ajuda os outros", disse a primeira-dama.
"Ser presidente não muda quem você é; ser presidente revela quem você é", evocou a primeira-dama em uma das frases mais marcantes da noite, antes de, perto do fim do discurso, declarar-se: "Amo meu marido mais hoje do que há quatro anos".
Até novembro, saberemos se eleitorado americano gostou de quem Obama revelou-se ser e se, sobretudo, está mais apaixonado por ele hoje do que em 2008, quando o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos foi eleito com a missão de mudar o país.
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