Observando não só pelo que a
mídia veicula, seja, escrita, televisiva, rádio e web sobre a “calamidade
financeira” de alguns Estados brasileiros, não só pelo que a mídia
disponibiliza, mas também pela farta documentação existente e a disposição de
todos nos “sites” de transparência de contas públicas dos governos, seja
federal, estadual ou municipal.
Foco neste momento, embora
venha trazer dados das três esferas (federal, estadual e municipal) nos Estados
do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, estes em razão da situação delicada em
que vivem no campo financeiro, sem prejuízo de comentar sobre outros Estados,
bem como farei menção ao meu Estado o Paraná.
Início argumentando que a “calamidade
financeira” vivida nos dias de hoje pelos Estados do Rio de Janeiro é fruto de 5
fatores, quais sejam:
1. Má
gestão do dinheiro público por parte do Executivo Estadual
2. Não
cumprimento de uma das obrigações do Legislativo Estadual, implícito está
a)
Fazer Leis
b)
Fiscalizar o Executivo
3. Ausência
de atuação do Tribunal de Contas do Estado na apreciação das ações ou omissões
do Executivo
4. Ausência
em especial do Ministério Público do Tribunal de Contas e de outros órgãos do
ministério publico estadual que deveriam estar atentos as ações ou omissões do
executivo e do legislativo, e por
derradeiro
5. Ausência
da Sociedade para movimentarem-se a coibir as ações e omissões do executivo, do
legislativo e do ministério público
Quando
passamos a nos debruçar no levantamento das informações dos gastos incorridos
pelos parlamentares no que tange ao CEAP, percebemos valores por demais
expressivos que embora estejam sendo gastos dentro do que a lei permite, não
coadunam com a situação em que vive o estado neste momento, pois uma coisa é a
legislação ter outrora determinado uma condição de gasto plausível para o
exercício do mandato parlamentar, porém outra coisa é as condições não
permitirem este gastos mesmo que exista tal verba disponível, pois se é claro
que não se pode pagar ALIMENTOS (Salários) aos servidores públicos do ESTADO,
como posso ler que o deputado x gastou no semestre R$ 143.000,00 como
divulgação de atividade Parlamentar? Qual a coerência que existe em eu gastar
com algo que é notoriamente dispensável a considerar a comparação com o gasto
com o ALIMENTO, ou seja, salário do servidor, em especial aqueles que tem um
renda baixa, que usam praticamente para a subsistência de seus familiares.
Ocorre porém, que as informações ficam aí disponíveis para
quem quer ver, inclusive MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, mas ao que parece o “tempo
passa, o tempo voa, e parece que tudo continua numa boa...”
Há que se dar
um basta nesta situação em que a sociedade só assiste situações como esta e
nada fazem ou pouco fazem, ou fingem que fazem.
Há que se
fazer as instituições cumprirem o seu papel, como esclarecido no intróito, os
fatores decorrentes da “calamidade financeira”, transitam inicialmente pela má
gestão do dinheiro púbico, pois não é possível dizer que não há dinheiro, basta
consultar a base de dados do ingresso de valores por tributos recebidos ou
repasses de outras esferas de governo, ou seja, dinheiro há, não há competência
de gestão, e não há fiscalização pelo poder legislativo, e não há atuação pelo
Tribunal de Contas e não há atuação pelo Ministério Público e sendo redundante há
OMISSÃO PELA SOCIEDADE, pois ela sim deve se não conformada com o estado em que
se encontra provocar as instituições e se necessário fazer o barulho suficiente
para fazer a troca das cadeiras, seja que autoridade for.
A palavra
autoridade não serve somente como status para quem a tem, mas para ser
responsável por aquilo que lhe foi atribuído.
Meu papel como
cidadão, escrever textos desta natureza, para quem se interessar em compreender
o real motivo de algumas situações em que vivemos, e não achar que o que a
mídia veicula é o que tem ser aceito, digerido e acatado.
Disponibilizar
a sociedade o resumo do CEAP pode fazer acender uma luz, e quem sabem alguém ir
até o “site” da câmara legislativa e mandar um email para um deputado, e
perguntar-lhe... Excelência porque maltrato do dinheiro público? Porque não
fiscaliza o poder executivo, ou ainda enviar ume email para algum promotor e
perguntar... Excelência tem conhecimento desta situação, o que fazer por nós?
Por
derradeiro, somos bombardeados por muitos dados, muitas informações o tempo
todos, seja, pelas redes sociais, pela mídia televisiva, web em geral, mas
aquilo que deveria nos “apetecer” damos de ombros e de novo, como digo
sempre... Vemos a banda passar, quando na realidade quem deveria dar o ritmo de
como a banda tem que passar, somos nós.
Claudionei
Santa Lucia
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