My Way - Mars - Gun's... Canções que tocam a minha ALMA (seleção csl)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A Ordem do Discurso



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Ontem tive a oportunidade de ler mais uma das obras do fabuloso Michel Foucault (1926-1984). Em A Ordem do Dirscurso (l'Ordre du Discurs), que se trata da aula inaugural do insigne filósofo ao assumir a cátedra deixada por Jean Hippolite no clássico Collège de France (pronunciada em 2 de dezembro de 1970), dessume-se uma (nova?) compreensão do discurso, por onde o mesmo se espraia, onde fica recluso e onde tentar vir à lume.
Trata-se, em verdade, de uma síntese dos estudos de Foucault, mas que se atém, principalmente, à intrínseca relação entre discurso e poder.
A questão colocada é: Mas, o que há, enfim, de tão perigoso no fato de as pessoas falarem e de seus discursos proliferarem indefinidamente? Onde, afinal, está o perigo?

Segundo o pensador, existem instâncias/agências de controle e imposição de regras aos discursos que, de formas externa e interna, exercem os comandos dos variados discursos, os quais alguns estão autorizados a serem exercidos, e outros apenas pensados (mas não exteriorizados), alguns sendo autorizados apenas por parcela da população (determinados autores/sujeitos) e segregados a outros, havendo, neste sentido, determinadas regras impositivas de discursos e/ou de formas de discursos, tais quais os rituais, as doutrinas, a sociedade de discurso, etc.
Em suma, é uma obra recomendável, sobretudo como forma de se quebrar determinados paradigmas e ter contato com o expansionismo do pensamento, para além do que se (pensa que) vê.
O autor é convidativo: "o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo pelo que se luta, o poder de que queremos nos apoderar". Vale muito a pena ler.
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Fonte http://discursoracional.blogspot.com.br/2012/05/ordem-do-discurso.html

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