"O homem lúcido me espanta
mas gosto dele na lírica.
A verdade metafísica
modela o verbo e a garganta.
O homem lúcido verifica
que a existência não se estanca
põe a baba ao pé da planta
eis que a planta frutifica.
O homem lúcido como quer,
seja lá onde estiver
ele está, sem aquarela.
Sabe que a vida é viscosa
sabe que entre a náusea e a rosa
foi que a ostra faz a pérola".
Altino Caixeta de Castro
(csl) Estudando direito, debruço-me sobre a eloquente tecnicidade necessária, a julgar, a elucubrar, mas convenço-me, que o que o magistrado menos precisa saber para decidir sobre um determinado feito, é efetivamente a técnica do direito, e sim, ele precisa ser culto, transitar pela filosofia, pelo sentido das palavras, conhecer a sociedade onde vive, e enxergar muito mais que a letra fria da lei.
Decisões devem ser tomadas friamente, sem o clamor da população, sem a pressão política, deve se ter "culhões" desculpa ser grosseiro, mas deve se ter sim, pois decidir, independente de agradar os outros, e sim, do seu livre conhecimento e convencimento, por mais que a repercussão possa ser estrondosa, não importa para mim, o que pensam os outros, importa o quanto dediquei-me a estudar os autos do processo, onde minados estavam, e eivados de pensamentos cravados pelas palavras ali expostas, subsidiadas por provas, se não provas, então decide-se em cima do que ali foi apresentado.
O ser humano é falho, sempre será, mas para isso existe o próximo, para corrigi-lo, ou não como dizia Caetano Veloso.
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