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(csl) Quando pequeno meu pai aos sábados me levava na empresa dele, ficava lá eu na maquina de escrever, pouco imaginava tamanha complexidade poderia ser uma empresa, e eu adora ir aos sábados lá.
Insconscientemente talvez, tornei-me um Contador, o profissional que fala a língua do mundo dos negócios, o que acontece aqui em termos de balanço acontece em qualquer lugar do mundo, a exemplo da China à Austrália, do Canadá ao Uruguai, tanto faz.
Enlouquecido eu ficava por ver executivo(a)s, de terno, tayer, vestidos e acessórios sejam eles masculinos ou femininos complementando a vestimenta, bem como aquele ar sério de business man/woman.
De repente quanto percebi estava eu formado e na 5a. maior metrópole do mundo, transitando pela Avenida Paulista, me deparando com os tais executivos, até efetivamente contracenar com os mesmo, e enfim ser um deles, trabalhando em multinacionais americanas como a TYCO, alemãs como a Siemens/Dematic e com grandes empresas do mercado nacional como o Grupo Camargo Corrêa, entre outras empresas.
Por formação acadêmica, não poderia ter tido a melhor, ou seja, a PUC-SP, a título complementar fiz pós na FGV EAESP, em Controladoria, ousei cursar a Pós na GVlaw, no curso Especialização em Direito Tributário, e embora tenha passado por todas as disciplinas, cursado mais de 400 horas, não logrei êxito na aprovação do artigo cientifico, faltou algo, o que? Até hoje eu não sei, fico a me questionar, porém a experiência foi maravilhosa, me relacionei com advogados de várias areas do direito, em especial tributario das melhores bancas de Advocacia do Pais (São Paulo).
Esta pós complementou a minha formação, me fazendo ver que o Contador precisa conhecer profundamente o Direito, e que existe algo além dos Bookkeeper, ou seja, o Contador não é um ESCRITURÁRIO, aquele que usa viseira, ele é um CONTADOR, um profissional que deve ser respeitado, que pode orientar uma empresa a atingir os seus objetivos, deve atuar como um consultor, dado o seu conhecimento técnico e vivência profissional.
Pois, bem conforme exemplos já citados de grandes corporações que quebraram da noite para o dia, como Banco Nacional, Santos, Bamerindus, Panamericano e outros acabei por compreender bem melhor a minha função, ou seja, a sua importancia.
Passei a perceber que o Contador se souber utilizar das ferramentas corretas pode ser um grande aliado para qualquer corporação, e então compreender que uma empresa como Lehman Brothers, que tinha 158 anos, só poderia quebrar se ela quisesse, como quis, aliás antes de quebrar muitos executivos ficaram bilionários, mas quebrou e a contabilidade apontava tudo o que se precisava saber, e uma vez sabendo bastava perguntar para o Contador, o que teria que ser feito para que ela não quebrasse, e não para um economista por exemplo.
Em um post no meu blog, citei a mecanica da quebradeira dos bancos em razao do sub-prime (Clique neste link) Veja o item 4 crise nos E.U.A a questao pontual do sub-prime, tem video bem interessante e demonstracao grafica como era o funcionamento, demonstrado até pela seguradora AIG, bem interessante, e aqui abaixo comento um pouco sobre efetivamente a quebra do Lehman.
Para finalizar, lembrando que o Bear Stearns, tambem banco de invstimentos só nao quebrou no inicio de 2008, porque o governo americano ajudou o JP Morgan Chase a comprá-lo, assim como o Merrill Liynch só nao quebrou porque o BOFA (Bank of América) o comprou, já nao obtever a mesma sorte o Lehamn, o governo mandou ele se f.... O problema é que quando o governo americano fez isso ele F.... o mundo inteiro.
Barclays um banco britânico comprou o que sobrou do Lehman.
Relembrando um pouquinho da história: (csl)
O Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, pediu concordata após incorrer em perdas bilionárias em decorrência da crise financeira global.
Temores de que a carteira de ativos do banco, em grande parte ancorada em valores hipotecários, valia muito menos do que o originalmente estimado minaram a confiança na instituição de 158 anos. Do ano passado para cá, Lehman Brothers viu suas ações despencarem mais de 95%.
A seguir, entenda as causa da quebra do banco e as conseqüências para o mercado financeiro e os seus clientes.
Por que o Lehman Brothers pediu concordata?
O Lehman Brothers é considerado um dos maiores operadores de empréstimos a juros fixos de Wall Street e havia investido fortemente em títulos ligados ao mercado do chamado "subprime", o crédito imobiliário para pessoas consideradas com alto risco de inadimplência.
Com esses investimentos agora considerados arriscados demais, analistas dizem que era inevitável que aumentasse a desconfiança em relação ao Lehman Brothers --particularmente depois do colapso do banco Bear Stearns, no início do ano.
No período de junho a agosto do ano passado, o banco anunciou uma baixa contábil de US$ 700 milhões, ao revisar para baixo o valor de seus investimentos em hipotecas para imóveis residenciais e comerciais.
Neste ano, esse valor subiu para US$ 7,8 bilhões, levando o banco a anunciar, na semana passada, o maior prejuízo líquido de sua história.
O banco também admitiu que ainda possuía US$ 54 bilhões em investimentos atrelados ao mercado imobiliário com risco potencial de difícil avaliação.
Com a desconfiança a respeito da segurança desses investimentos, houve uma queda no valor das ações da empresa na semana passada, em meio ao fracasso de negociações para levantar bilhões de dólares para dar garantia de solidez a investidores.
Como isto me afeta?
Ninguém tem cheque ou conta corrente do Lehman Brothers. Trata-se de um banco especializado em grandes e complexas operações e investimentos.
Apesar disso, o colapso da instituição provavelmente será sentido por milhões de pessoas em todo o mundo --pelo menos indiretamente. Muitos bancos e fundos de pensão têm negócios com o Lehman Brothers ou com firmas como fundos de hedge que operam exclusivamente com o banco.
Desatar as complexas relações do Lehman Brothers pode levar semanas ou até meses. Neste tempo, o mercado financeiro permanecerá confuso. Muitos bancos não saberão exatamente em que medida estão expostos ao Lehman, e será difícil liberar recursos nestes casos.
Ao mesmo tempo, isto deve intensificar a crise de crédito, com conseqüências potencialmente negativas para as companhias e os consumidores.
O colapso dramático do Lehman Brothers também já abalou as bolsas, com os preços de ações despencando em todo o mundo.
Há outras companhias enfrentando problemas parecidos aos do Lehman Brothers?
Sim --por exemplo, o banco Merrill Lynch, outro grande banco de investimento americano.
O Bank of America anunciou uma fusão com a instituição, em um negócio envolvendo cerca de US$ 50 bilhões.
Com a crise, havia muitos temores a respeito da carteira de investimento do Merrill Lynch e quanto dela era atrelada ao "subprime".
A maior dor de cabeça, porém, é em relação à seguradora AIG, uma das maiores do mundo. Ela teria pedido ao banco central americano, o Federal Reserve, um empréstimo de curto prazo de US$ 40 bilhões.
Com a AIG em dificuldades, milhões de consumidores e companhias seriam afetados em todo o mundo. O sistema financeiro como um todo também seria atingido.
Por que o Tesouro americano não resgatou o Lehman Brothers?
Quando o Bear Stearns começou a dar sinais de ser afetado pela crise, o Tesouro americano ajudou o JP Morgan Chase a comprá-lo.
Além disso, na semana passada, o governo na prática nacionalizou as firmas de hipoteca Fannie Mae e Freddie Mac, que entre si possuem ou avalizam cerca de metade do mercado de hipotecas americano, avaliado em US$ 12 trilhões.
Os contribuintes americanos correm o risco de ter um prejuízo de bilhões de dólares com essas injeções de recursos, por isso está cada vez mais difícil politicamente para o governo socorrer companhias privadas.
Ao rejeitar conceder garantias para uma operação de compra do Lehman Brothers pelo banco britânico Barclays, analistas dizem que o Tesouro americano traçou uma linha para demarcar a vontade de usar dinheiro público no resgate a bancos que tomaram decisões equivocadas.
Em vez disso, autoridades preferiram apoiar o sistema de outras formas, anunciando medidas para facilitar o acesso de empresas com dificuldades financeiras a créditos de emergência.
Qual o tamanho do Lehman Brothers?
Fundado em 1850 por três judeus imigrantes da Alemanha, o Lehman Brothers é há décadas um proeminente banco de investimentos de Wall Street.
Suas operações são com governos, companhias e outras instituições financeiras e emprega 25 mil pessoas em todo o mundo.
Seu principal negócio é a compra e venda de ações e ativos de renda fixa, pesquisa, gerenciamento de investimentos e fundos.
Desde o início da crise nos mercados financeiros, a instituição viu o valor de sua ação encolher de US$ 82 para menos de US$ 4, uma queda de 95%.