My Way - Mars - Gun's... Canções que tocam a minha ALMA (seleção csl)

domingo, 11 de setembro de 2011

TRAGÉDIA EM 11/09 - Torres Gêmeas - Vaidades - Petróleo

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Texto meu (csl):

Tudo por causa do Petróleo, nada mais, uma explicação básica.  EUA tem tudo, mas não tem Petróleo suficiente, embora seja um dos maiores produtores e exportadores de Petróleo. Acha que com a força pode invadir um País e tomá-lo, não, não é bem assim, conseqüência: várias entre elas <11 DE SETEMBRO/2001>.

                     É lógico que não estou apoiando um ataque terrorista, e muito menos um fanático religioso, mas a questao de uma ação gera uma reação esta contida neste contexto, literalmente.

                    Interesses econômicos, políticos, religiosos, desmedidos geram conseqüências, as vezes impossíveis de serem mensuradas.
            

                    Mais ou menos assim... Irã e Iraque, paises pobres, mas tem o que? TEM PETRÓLEO, alguém se interessa por este produto, uma das fontes de energia não-renovável em escassez? Claro, os EUA e mais todo o mundo.

                    EUA é amiguinho de IRÃ, mas IRAQUE acha que parte do território de IRÃ é dele, e em especial aquele território que tem o PETRÓLEO, o que faz? Trava uma guerra com o IRÃ, IRÃ coitadinho não pode com IRAQUE, quem ajuda IRÃ? EUA ajuda, se torna aliado, esta guerra ocorre em 1.982.

                    IRÃ, por questões religiosas rompe com os EUA, o que os EUA faz? Se alia ao IRAQUE, quem governa mesmo o IRAQUE? Saddam Hussein.


                    EUA, invade IRAQUE em 2003, contra parte  da opiniao pública americana e opiniao pública mundial, e contra orientacoes da ONU, porém com aval do CONGRESSO AMERICANO, dizia Bush , ou seja, alegava várias coisas, em especial que IRAQUE teria armas químicas, mas a questao talvez fosse mais pessoal do que do povo americano.

                     É notícia que morreram por volta de 3.000 pessoas na tragédia de 11 setembro de 2001.

                     Constatou-se segundo veiculado pelo Congresso Americano que foi gasto cerca de US$ 400 bilhões de dólares na caçada ao Bin Laden.

                     Revelou-se também a morte de milhares de militares americanos, por conta deste episódio.

                     O Estados Unidos é visto pelo mundo como uma potência bélica (militar), como um dos países capitalista mais rico, com pessoas que compõe aquela sociedade como uma das mais inteligentes do planeta.

                     Uma pessoa que se considera rica aqui no Brasil, não tem a mínima noção do que efetivamente é ser rico nos Estados Unidos, não tem noção do que é uma Rodeo Drive em Los Angeles por exemplo, da pujança daquele local. Por exemplo, um executivo entre salário e benefícios (pacote) no nível da presidência de uma empresa de porte chega a uma remuneração em média de US$ 2 milhoes de dólares por mês. (http://exame.abril.com.br/carreira/salarios/album-de-fotos/os-10-ceos-mais-bem-pagos-de-wall-street)

                     Importante falar da realidade de um País, como pensam, o que focam, bem como seus ideais, porque pensam e agem desta ou daquela forma, enquanto uns ostentam , tem um superego, outros focam na religiosidade em outros valores.

                     Pessoas se apegam a religião com um fanatismo inexplicável, a ponto de se tornarem kamikazes, sem o menor problema, morrem por ALÁ. Sua fé sobrepõe qualquer coisa, não há poderio militar, país rico que possa conter um homem embebecido pela fé com tamanho fanatismo e ódio nutrido pelos EUA.

                     A história de desamor/desafeto de Bin Laden da Al Qaeda pelo EUA não nasceu em 2001, e sim há muito tempo, a considerar outros atentados de conhecimento do Mundo, com autoria explicita.

                     Quando assistimos filmes hollywodianos, a exemplo daqueles que o mundo esta prestes a acabar, a exemplo de Day After, Guerra dos Mundos, Independence Day, entre outros sempre notamos que é acionada uma cúpula, creio eu seja a ELITE da cúpula do GOVERNO, no que tange a área da DEFESA, deve com certeza existir pessoas não com uma formação elementar de nível de Doutorado, e sim pessoas para lá de PHD e com um histórico, uma trajetória profissional extensa de condecorações por seus méritos, logo alcançando o ápice da  posição que ocupa no governo.

                     Uma década se passou do atentado e estimaram (O GOVERNO AMERICANO) um gasto de cerca de US$ 1,8 trilhões de dólares para combater o Afeganistão e Saddam, sendo que já gastaram US$ 1,3 trilhões, esta estimado este gasto até o ano de 2021.

                     Se a mente de um homem como a mente de Bin Laden foi possível de arquitetar um plano tão terrível para/contra os EUA, será que não existiria a mente de um destes privilegiados componentes da cúpula da Defesa Americana de se antecipar, e sugerir gastar um valor para prevenir que o que aconteceu pudesse ter acontecido? Qual o efetivo papel da DEFESA em um Governo, em especial um governo sabedor que é alvo constante de alguém que não tem o menor escrúpulo para atingir o seu intento?

                    No curso de Direito, na Pós eu tive um professor que era um filósofo antes de ser um professor de Direito, certa aula ministrada por ele, ele nos falou sobre olhar com o olhar do outro, algo como, o que não conseguimos ver, sabe porque? Porque não nos colocamos no lugar do outro.

                    Os EUA estão preparados para combater qualquer outro ESTADO (País), seja via aérea, terrestre ou por mar, tem homens, armas e com certeza conhece bem estratégia de guerra, mas não soube se colocar no lugar do oponente e imaginar que poderia ser atacado da forma que foi, ou seja, sutilmente. Porra, os caras entraram no território deles, com avião, companhia área do pais deles, derrubaram o símbolo de virilidade do povo americano, cacete... Isto não é algo para refletir?

                   Lembrei-me de duas situações, uma brasileira, no Rio temos a Tropa de Elite, ou seja, Elite pura, melhores atiradores, oficiais, logo graduados, possivelmente inteligentes, mas eles entendem da pista, como diz o CV, não entendem de morro, quem sabe se eles fizerem um imersão na favela/morros, não aprenderam a fazer uma abordagem mais incisiva?

                   Da mesma forma lembrei de Alexandre O Grande, que perderia certa batalha, pois estava em numero de homens absurdamente menor que seu oponente, o que fez? Conduziu sutilmente o oponente para um local onde o adversário só conseguiria ter acesso a ele em partes, desta forma, ganhou a batalha, não é show? Isto eu chamo de estratégia/inteligência, o que o oponente não usou/teve/, pois estava babando para pegar o rival, achava que porque tinha mais homens, melhores armas que a guerra estaria ganha, e não é bem assim as coisas. (csl)



Texto de outrem:



1-Conheça um pouco sobre OSAMA BIN LADEN

O HOMEM MAIS PROCURADO DO MUNDO

Ele vive uma vida inflamada por fé e fúria. Por que o homem de US$ 250 milhões do terror odeia os EUA?Por Lisa Beyer
As coisas poderiam ter sido diferentes para Osama Bin Laden - e para os habitantes do sul de Manhattan - se o homem alto, magro e de fala mansa de 44 anos não tivesse nascido rico, ou caso tivesse nascido rico, mas não um saudita de segunda classe. A história poderia ser outra se, enquanto estudava engenharia na faculdade, o jovem tivesse tido um professor diferente de Estudos Islâmicos no lugar de um carismático professor palestino que inflamou seu fervor religioso. As coisas poderiam ter sido diferentes caso a União Soviética não tivesse invadido o Afeganistão, caso Saddam Hussein não tivesse roubado o Kuwait, ou caso as forças americanas não tivessem se retirado tão apressadamente após uma derrota na Somália, dando a Bin Laden a idéia de que os americanos são covardes que podem ser derrotados facilmente.

É claro que Osama Bin Laden não aceitaria nada disto. Para ele, a vida é preordenada, já escrita por Deus, que na visão de Bin Laden deve ter se deleitado com as mortes de todos aqueles infiéis em Manhattan na semana passada. Mesmo assim, estes são alguns dos detalhes seminais que moldaram o homem que as autoridades americanas acreditam ser não apenas capaz, mas também culpado de um dos piores massacres de civis desde que os campos de concentração de Hitler foram fechados. Como um homem, e além de tudo inteligente, se torna tão raivoso e tão insensível? Bin Laden se considera em guerra contra os Estados Unidos há anos, apesar de os Estados Unidos só a ter declarado agora. Mesmo assim, como um homem se torna tão confortavelmente certo de seus atos diante da responsabilidade pelo extermínio de tantas vidas?

A operação mortal da semana passada necessitou de planejamento, paciência, dinheiro, frieza, furtividade e agentes extraordinariamente comprometidos. Foi uma medida da sofisticação da complexa rede de militantes islâmicos corajosos e devotados que Bin Laden vem reunindo há quase 20 anos. O grande desafio aqui é a vontade. De onde vem tamanha vontade para fazer algo tão atroz?

De muitas formas, a história de Bin Laden é semelhante a de muitos outros muçulmanos extremistas. Há a religiosidade fanática e a interpretação imoderada do Islã; o ultraje diante do domínio, particularmente no mundo árabe, dos Estados Unidos, que são decadentes e seculares; a indignação diante do apoio americano a Israel; o ressentimento diante da percepção de humilhações sofridas pelos povos árabes nas mãos do Ocidente.

Mas Bin Laden traz alguns elementos particulares, e coletivamente potentes, para a equação. Como voluntário na guerra que os rebeldes islâmicos do Afeganistão travaram contra os soviéticos nos anos 1980, Bin Laden assistiu da primeira fila um resultado surpreendente e fortalecedor: a derrota de uma superpotência por um bando de milícias improvisadas. Apesar de os Estados Unidos, com seus bilhões de dólares, terem ajudado as milícias em seu triunfo, Bin Laden logo se transformou no benfeitor delas. Quando as tropas americanas chegaram em 1990 em sua sagrada terra natal, a Arábia Saudita, para combater Saddam Hussein, Bin Laden considerou a presença infiel delas uma profanação do local de nascimento do Profeta Maomé. Ele teve a inspiração de derrotar uma segunda superpotência, e dispunha de recursos para fazê-lo: a fortuna herdada de seu pai, um empreiteiro; um império de empreendimentos; a presunção de um menino rico cujas ordens sempre foram obedecidas por babás, mordomos e empregadas.

Apesar de Bin Laden ter crescido rico, ele não estava totalmente dentro da alta sociedade da Arábia Saudita. Como filho de imigrantes, ele não possuía as credenciais certas. Segundo alguns relatos, sua mãe veio da Síria, segundo outros, da Palestina. Seu pai se mudou para a Arábia Saudita do vizinho Iêmen, um país pobre menosprezado pelos sauditas. Se Bin Laden sentiu qualquer discriminação ou ressentimento pelo seu status, ele serviu como uma boa preparação para o rompimento que faria com a vida burguesa e privilegiada que foi preparada para ele desde o nascimento.

A riqueza da família veio do Grupo Bin Laden saudita, construído pelo pai de Osama, Mohamed, que teve quatro esposas e 52 filhos. Mohamed teve a boa sorte de se tornar amigo do fundador do país, Abdel Aziz al Saud. Tal relacionamento levou-o a importantes contratos com o governo, como as reformas dos templos em Meca e Medina, os locais mais sagrados do Islã, projetos que tocaram profundamente o jovem Osama. Atualmente a empresa, que possui 35 mil funcionários em todo o mundo, vale US$ 5 bilhões (R$ 13 bilhões). Osama recebeu sua parte aos 13 anos quando seu pai morreu, deixando para ele US$ 80 milhões (que equivalem atualmente a R$ 213 milhões), uma fortuna que o filho expandiria para cerca de US$ 250 milhões (atualmente, R$ 668 milhões).

Na Universidade Rei Abdel Aziz em Jiddah, Bin Laden, segundo colegas, foi altamente influenciado por um de seus professores, Abdullah Azzam, um palestino que foi um importante membro da Irmandade Muçulmana, um grupo que teve um importante papel no ressurgimento da religiosidade islâmica. Bin Laden, que como a maioria dos sauditas é membro da seita puritana Wahhabi do Islã sunita, era devoto desde a infância, mas seus encontros com Azzam aprofundaram sua fé. Além disso, por meio de Azzam ele mergulhou não na então popular ideologia do pan-arabismo, que busca a unidade de todos os árabes, mas no mais ambicioso pan-islamismo, que busca a unidade de todos os 1 bilhão de muçulmanos de todo o mundo.

Assim, aos 22 anos, Bin Laden se alistou rapidamente para ajudar os irmãos muçulmanos do Afeganistão na sua luta contra os invasores soviéticos ateus em 1979. Para linhas-duras como Bin Laden, a invasão de não-muçulmanos a território islâmico vai além do pecado político da opressão; é uma ofensa contra Deus que precisa ser corrigida a todo custo.

A princípio, Bin Laden basicamente levantava dinheiro, especialmente entre os árabes ricos, para os rebeldes afegãos, os mujahedin. Ele também trouxe alguns dos tratores da família, e ficou famoso ao ser metralhado por um helicóptero soviético enquanto cavava uma trincheira, ataque do qual conseguiu escapar. No início dos anos 1980, Abdullah Azzam fundou a Maktab al Khidmat, que posteriormente se transformou na organização chamada al-Qaeda (a base). Ela fornecia ajuda logística e canalizava a assistência estrangeira para os mujahedin. Bin Laden se juntou ao seu antigo professor e se tornou o principal financiador do grupo e o principal recrutador dos chamados árabes afegãos, as legiões de jovens árabes que deixaram seus lares em locais como Egito, Argélia e Arábia Saudita para se juntar aos mujahedin.

Ele foi fundamental na construção dos campos de treinamento que os
prepararam para o combate. Bin Laden também participou de combates; viu o quanto estava em jogo. Na mesma época, a CIA, visando a derrota dos soviéticos no Afeganistão, também canalizava dinheiro e armas para os mujahedin. Milton Bearden, que comandou a operação secreta durante seu auge, entre 1986 e 1989, disse que a CIA não tratava diretamente com Bin Laden. Mas autoridades americanas reconhecem que parte dos recursos provavelmente foram parar no grupo dele.

Em 1989, os esgotados soviéticos finalmente se retiraram do Afeganistão. Com a morte de seu mentor, Azzam, pelas mãos de um assassino, e seu trabalho aparentemente encerrado, Bin Laden voltou para Jiddah. A guerra o endureceu. Ele foi ficando cada vez mais indignado com a corrupção do regime saudita, e o que considerava sua devoção insuficiente. Seu ultraje chegou ao limite em 1990. Quando Saddam Hussein invadiu o Kuwait e ameaçou a Arábia Saudita, Bin Laden informou à família real que ele e seus árabes afegãos estavam preparados para defender o reino. A oferta foi rejeitada. Ao invés disso, os sauditas convidaram pela primeira vez as tropas americanas. Como muitos outros muçulmanos, Bin Laden ficou ofendido pela presença do Exército, com seus soldados cristãos e judeus, seu rock, suas mulheres que dirigiam e vestiam calças.

A Arábia Saudita desfruta de uma posição singular entre os países islâmicos por ser o berço do Islã e país que abriga Meca e Medina,
que são proibidas para não-muçulmanos.

Quando Bin Laden começou a escrever seus tratados contra o regime saudita, o rei Fahd o confinou a Jiddah. Assim Bin Laden fugiu do país, se refugiando no Sudão. Aquele país estava na época sob o controle de muçulmanos radicais comandados por Hassan al-Turabi, um clérigo que Bin Laden conheceu no Afeganistão e que o impressionou com seu discurso de derrubada dos regimes seculares no mundo árabe, e a instauração de governos puramente islâmicos.

Bin Laden até se casou com a sobrinha de al-Turabi. Eventualmente os sauditas, incomodados com o crescente extremismo de Bin Laden, revogaram sua cidadania. A família dele também o renunciou. Após parentes o visitarem no Sudão para tentar convencê-lo a parar com sua agitação contra o regime de Fahd, ele contou a um repórter que os perdoava porque ele sabia que tinham sido forçados a fazer aquilo.

No Sudão, Bin Laden estabeleceu uma variedade de negócios, construindo uma importante estrada, produzindo sementes de girassol, exportando peles de cabra. Mas ele estava em ebulição. Ele também estava reunindo ao seu redor muitos dos antigos árabes afegãos que, como ele, ao voltarem para casa após a guerra, enfrentaram a suspeita de seus governos, quando não a prisão.

Em 1993, 18 soldados americanos, parte de um contingente enviado em uma missão humanitária na Somália, que estava atingida pela fome, foram assassinados por guerrilheiros urbanos em Mogadishu. Bin Laden posteriormente alegou que alguns árabes afegãos estiveram envolvidos. Mas o principal para Bin Laden foi a reação horrorizada dos americanos às mortes. Em questão de seis meses, os Estados Unidos se retiraram da Somália. Em entrevistas, Bin Laden disse que suas forças esperavam que os americanos fossem durões como os soviéticos, mas que acabaram encontrando "tigres de papel" que "após alguns sopros fugiram derrotados".

Bin Laden começou a pensar grande. As autoridades americanas suspeitam que ele teve um papel financeiro no atentado à bomba de 1993 ao World Trade Center, de autoria de um grupo de radicais egípcios. Esse pode ter sido o primeiro ataque de Bin Laden contra a entidade que ele acredita ser a fonte dos seus problemas e os de seu povo. Naquele mesmo ano, acreditam as autoridades americanas, Bin Laden tentou comprar uma arma nuclear no mercado negro russo. As autoridades americanas acreditam que quando a tentativa fracassou, ele tentou partir para a guerra química, talvez chegando até mesmo a testar um dispositivo. Na época, em 1995, um atentado com caminhão-bomba contra uma base militar em Riad matou cinco americanos e dois indianos. Ligando Bin Laden ao ataque, os Estados Unidos, juntamente com os sauditas, pressionaram os sudaneses a expulsá-lo do país. Para desalento dele, eles o fizeram.

Com seus simpatizantes, suas três esposas (há rumores de que de lá para cá ele já arrumou uma quarta) e cerca de 10 filhos, Bin Laden se mudou novamente para o Afeganistão. Lá ele passou a se dedicar integralmente ao jihad. Desta vez, ao invés de importar guerreiros santos, ele começou a exportá-los. Ele transformou o al-Qaeda em algo que alguns apelidaram de "Fundação Ford" das organizações terroristas islâmicas, fomentando laços de diferentes graus com grupos em pelo menos uma dúzia de lugares. Ele trouxe seus simpatizantes para seus campos nos Afeganistão para treinamento, e os enviou de volta para o Egito, Argélia, territórios palestinos, Caxemira, Filipinas, Eritréia, Líbia e Jordânia. Oficiais de inteligência americanos acreditam que os campos de Bin Laden treinaram dezenas de milhares de combatentes. Algumas vezes Bin Laden enviou seus treinadores para, por exemplo, o Tadjiquistão, Bósnia, Chechênia, Somália, Sudão e Iêmen, segundo o Departamento de Estado. Como resultado, as autoridades americanas acreditam que o grupo de Bin Laden controla ou influencia entre 3 e 5 mil guerrilheiros ou terroristas em todo o mundo.
Ahmed Ressam, um argelino que foi preso entrando nos Estados Unidos pelo Canadá em dezembro de 1999 com um carro cheio de explosivos, contou a seus interrogadores que seu currículo al-Qaeda incluía aulas de sabotagem, guerrilha urbana e explosivos. Ele foi treinado para atacar usinas de força, aeroportos, estradas de ferro, hotéis e instalações militares. Aqueles que visitaram os campos da Al-Qaeda disseram que os estudantes são instruídos a utilizar complicados mapas de cidades americanas e de alvos, mas também a empregar modelos em escala dos alvos potenciais. Um manual de 180 páginas da Al-Qaeda oferece conselhos para "sleepers" ("hibernantes", agentes enviados para o exterior para aguardar missões) de como se tornarem indistingüíveis: raspe sua barba, utilize perfume, se mude para bairros novos onde os moradores não conhecem uns aos outros.

Os vastos negócios de Bin Laden têm sido um trunfo tremendo para sua rede. As autoridades americanas acreditam que ele tem participação em empresas agrícolas, bancos e firmas de investimento, empresas de construção e de importação-exportação em várias partes do mundo. Disse uma autoridade americana: "Este império é útil para o deslocamento de pessoas, dinheiro, materiais, e acobertamento". Apesar das autoridades americanas terem desbaratado duas operações de levantamento de fundos da Al-Qaeda no ano passado, elas não têm tido sucesso em encontrar e congelar os ativos de Bin Laden.

Enquanto construía seu sindicato, Bin Laden também se tornava cada vez mais aberto quanto ao que estava planejando. Em 1996 ele divulgou uma "Declaração de Jihad". Suas metas declaradas eram derrubar o regime saudita e expulsar as forças americanas. Ele ampliou seu alvo com outra declaração no início de 1998, declarando que muçulmanos devem matar americanos, inclusive civis, onde quer que os encontrem. Naquele mesmo ano, seus agentes utilizaram carros-bomba contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, matando 224 pessoas, a maioria africanos. Tais atentados provocaram uma ataque de mísseis americanos contra uma base da al-Qaeda no Afeganistão, que não conseguiu matar Bin Laden e apenas lustrou sua imagem de herói autêntico para muitos muçulmanos.

Bin Laden também se manifestou contra Israel, que ele, como muitos
muçulmanos, consideram uma presença estranha e agressiva em uma terra que pertence ao Islã. Posteriormente, ele elogiou o atual levante contra a ocupação israelense nos territórios palestinos. Mas sua principal fixação continua sendo os Estados Unidos. Oficialmente, seu compromisso é com a criação de um estado islâmico mundial, mas por ora ele se concentra na erradicação dos infiéis das terras islâmicas.

A posição precisa de Bin Laden na franquia de terror a qual está associado é um tanto nebulosa.

Certamente, ele é seu rosto público. Mas Ressam disse aos interrogadores que Bin Laden é apenas um de dois ou três comandantes da al-Qaeda. Muitos observadores e ex-associados notaram que Bin Laden parece ser um combatente simples, sem uma mente brilhante para táticas. Seu tenente, Ayman al Zawahiri, um médico egípcio que comanda o al Jihad egípcio, que assumiu o crédito pelo assassinato do presidente egípcio Anwar Sadat em 1981, é freqüentemente mencionado como o cérebro por trás das operações. Promotores federais americanos afirmaram em documentos processuais que o al Jihad se fundiu à al-Qaeda em 1998. Mohamed Atef, o comandante militar da al-Qaeda, também é uma figura poderosa. Dizem que ele é um ex-policial egípcio que se juntou aos árabes afegãos em 1983. Sua filha se casou recentemente com o filho mais velho de Bin Laden, Mohamed. A especulação de que Bin Laden se encontra em mau estado de saúde -ele às vezes caminha com bengala e supostamente tem problemas renais- gerou discussões de sucessão que apontam para estes homens.

Não se sabe ao certo se qualquer uma destas três figuras chaves de fato emitem ordens específicas de ataque aos adeptos. Ressam disse aos investigadores que os agentes da al-Qaeda raramente recebem instruções detalhadas. Ao invés disso, eles são treinados e então enviados a grupos quase autônomos para agir por conta própria, planejar os ataques e levantar seus próprios recursos, geralmente por meio de fraudes com cartões de crédito para obter dinheiro, apesar da proibição islâmica ao roubo. Bin Laden, cuja prática geral é elogiar os ataques terroristas e desmentir qualquer ligação direta com eles, já disse: "Nosso trabalho é instigar".

Se seus atuais anfitriões, o regime islâmico radical do Taleban do
Afeganistão, estiverem falando a verdade, isto é o máximo que Bin Laden pode fazer pessoalmente agora. Sob pesada pressão internacional para entregar seu hóspede, o Taleban alega ter lhe negado acesso a telefone ou fax. (Ele já tinha desistido de usar seu telefone por satélite porque seu sinal podia ser rastreado.) Bin Laden foi forçado a depender de mensageiros humanos. Ele leva uma vida espartana; ele não mais desfruta de um acampamento confortável. As autoridades americanas acreditam que ele vive em trânsito, em uma resistente pick-up japonesa, mudando de localização todas as noites para evitar atentados contra sua vida.

Mas ele ainda é capaz de transmitir sua mensagem, por meio de entrevistas e fitas de vídeo produzidas por seus simpatizantes. Uma fita do casamento de seu filho em janeiro passado apresenta Bin Laden lendo uma ode que escreveu ao atentado à bomba ao U.S.S. Cole no Iêmen, realizado por seus simpatizantes, um ataque que matou 17 marinheiros. "Os pedaços dos corpos dos infiéis estavam voando como partículas de pó", ele cantou. "Se você tivesse visto com seus próprios olhos, seu coração teria se enchido de alegria".

E o que ele diria sobre os homens e mulheres civis, os pais e mães, as crianças que morreram na cidade de Nova York em 11 de setembro? Ele poderia dizer, como disse para a ABC News em 1998: "Nas guerras de hoje não há moral. Nós acreditamos que os piores ladrões no mundo atual e os piores terroristas são os americanos. Nós não precisamos diferenciar entre militares e civis. Da nossa parte, todos eles são alvos".

A Odisséia de um Terrorista


Arábia Saudita - Filho de um empreiteiro rico, Bin Laden herda US$ 80 milhões e tem a sua disposição uma vida de privilégios. Mas em 1979, atende ao chamado do jihad;

Afeganistão: De 1980 a 1989, Bin Laden combate os invasores soviéticos,
principalmente levantando dinheiro e recrutas islâmicos;
Arábia Saudita: Bin Laden volta para casa, agita contra tropas americanas e termina com problemas junto ao nervoso governo saudita;
Sudão: No exílio, Bin Laden começa a organizar seus antigos companheiros
de guerra em uma rede terrorista, e em 1996 é expulso do país
Afeganistão: Como hóspede do Taleban, Bin Laden expande seu sindicato e
declara guerra santa contra os americanos

Sua Obra

As autoridades americanas acreditam que Bin Laden vem atacando alvos americanos desde 1993, a princípio a partir de sua base no Sudão e depois a partir do Afeganistão, utilizando uma rede mundial de aliados.

1993
Primeira tentativa: Seis mortos no atentado à bomba ao World Trade Center vagamente ligado à Bin Laden

1998
Ataques contra embaixadas americanas: Bombas no Quênia e na Tanzânia mataram centenas

1998
Os campos: Os EUA atacam um campo de Osama com mísseis. Isso não o detém

2000
Emboscada: A tripulação do U.S.S. Cole é atacada em uma parada no Iêmen

Declarações de Osama

Ao longo dos anos, Bin Laden tem expressado sua visão e anunciado suas intenções em entrevistas e proclamações:

"Nosso trabalho visa os infiéis do mundo. Nosso inimigo é a aliança cruzada liderada pela América, Grã-Bretanha e Israel. É uma aliança de cruzados e judeus".

Em entrevista para a TIME, 1998

"O terrorismo pode ser louvável, e pode ser condenável. O terrorismo que
praticamos é do tipo louvável porque é direcionado contra tiranos,
agressores e inimigos de Alá".

Em Entrevista ao jornalista John Miller, 1998

"Ser morto pela causa de Alá é uma grande honra conquistada apenas por aqueles que são a elite da nação. Nós amamos este tipo de morte pela causa de Alá tanto quanto vocês gostam de viver. Nós não temos nada a temer. É algo que desejamos".

Em entrevista para a CNN, 1997

"Os jovens só querem uma coisa, matar vocês para que possam ir para o paraíso".

Na fatwa divulgada em 1996

Com reportagens de Hannah Bloch/Cabul, Massimo Calabresi/Washington, Bruce Crumley/Paris, Meenakshi Ganguly/Nova Délhi, Scott MacLeod/Cairo, Simon Robinson/Nairóbi, Douglas Waller/Washington, Rebecca Winters/Nova York e Rahimullah Yusufzai/Peshawar
Tradução: George El Khouri Andolfato

2- Conheça um pouco a Guerra entre IRA e IRAQUE

Guerra Irã-Iraque

Contra o Irã, EUA se aliaram a Saddam Hussein


Alexandre Bigeli*

Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia/ult1704u26.jhtm


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O aiatolá Khomeini, logo após
tomar o poder no Irã, em 1979

Em 1980, Irã e Iraque iniciaram uma guerra sangrenta, que teve forte motivação no fundamentalismo religioso e na presença dos EUA no Oriente Médio. O conflito, que terminou no dia 20 de agosto de 1988, sem vencedores, é um fato histórico que ajuda a entender importantes conflitos posteriores no Oriente Médio, a exemplo da Guerra do Golfo (1991) e da Guerra do Iraque (2003).

Até 1979, o Irã era um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região - estratégica por abrigar a maior parte das reservas mundiais de
petróleo. Neste ano, o país sofreu a Revolução Islâmica, que resultou na deposição do Xá (imperador) Reza Pahlevi e na posse do aiatolá (chefe religioso) Ruhollah Khomeini como líder máximo do país.

Xiitas no poder


O Irã deixava de ser uma monarquia alinhada ao Ocidente para se tornar uma brutal ditadura fundamentalista islâmica. O fato de a população ser de maioria xiita (islâmicos radicais) explica a maciça adesão à revolução. Khomeini defendia a expansão da revolução, o que criou atritos com outras nações do Oriente Médio, e criticava abertamente os EUA, acusando-os de corromper os valores islâmicos.

Conseqüências da Revolução Islâmica


Uma das principais conseqüências da revolução foi o rompimento do Irã com os Estados Unidos, que desde então não mantêm relações diplomáticas. Os americanos se viram sem um de seus maiores aliados. Para compensar a perda do Irã, os EUA se aproximaram do país vizinho, o Iraque, onde o jovem vice-presidente havia tomado o poder recentemente por meio de um golpe de estado. Seu nome? Saddam Hussein. Pois é. Inicialmente, o ditador iraquiano foi um aliado estratégico dos americanos no Oriente Médio.

A guerra começou em 1980 por um motivo que, teoricamente, não seria suficiente para iniciar hostilidades entre Irã e Iraque: o controle do Chatt-el-Arab, um canal que liga o Iraque ao Golfo Pérsico, por meio do qual é escoada a produção petrolífera do país. Embora a margem oriental do canal fosse controlada pelos iranianos, qualquer embarcação podia atravessá-lo sem problemas rumo ao Iraque. Mesmo assim, Saddam Hussein reivindicou o controle total do estreito. Diante da recusa iraniana em ceder seu território, tropas de Saddam invadiram o Irã e destruíram o que era então a maior refinaria de petróleo do mundo, em Abadã.

E assim dois países pobres, altamente dependentes da exportação do petróleo, mantiveram um conflito que se dava principalmente por meio de batalhas de infantaria, custando a vida de milhares de soldados e das populações das regiões fronteiriças. O Iraque, que sofreu um pesado contra-ataque iraniano em 1982, foi apoiado principalmente pelos EUA e por outras nações do Oriente Médio, como a Arábia Saudita, cujas elites não viam com bons olhos a expansão do fundamentalismo islâmico, representado pelo Irã.

Massacre dos curdos


O conflito, travado majoritariamente em solo iraquiano, se caracterizou por vitórias alternadas de ambos os lados, configurando um equilíbrio entre os beligerantes, embora o Irã tivesse uma população três vezes maior. Em 1985, o Iraque teve de enfrentar a sublevação da minoria étnica dos curdos, concentrada principalmente no norte do país. Para evitar um conflito em duas frentes, Saddam resolveu liquidar os separatistas curdos, inimigo mais fraco que os iranianos, de maneira rápida e definitiva. Para isso, usou armas químicas, que mataram cerca de 5 mil habitantes da aldeia de Halabja.

Completamente esgotados, Irã e Iraque cessaram fogo em 1988, por sugestão da ONU (Organização das Nações Unidas). As fronteiras permaneceram exatamente as mesmas de antes do conflito. Desta forma, é possível afirmar que as vítimas da guerra -cerca de 300 mil iraquianos e 400 mil iranianos- morreram em vão.

Depois da guerra, Saddam não obteve mais apoio logístico ou financeiro dos EUA e dos outros países árabes, que deixaram de ver o Irã como uma ameaça a seus interesses. Mesmo assim, o ditador manteve sua política agressiva para com seus vizinhos. A próxima vítima de Saddam foi o Kuait, invadido e anexado em 1990. A ação acarretou a Guerra do Golfo em 1991, opondo o Iraque a uma coalizão liderada pelos EUA, o ex-aliado. Mas essa é outra história.



3 - Entenda um pouco sobre A IMPORTANCIA DO PETRÓLEO


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