My Way - Mars - Gun's... Canções que tocam a minha ALMA (seleção csl)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SENSO CRÍTICO - LÓGICA - RUBEM ALVES

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Texto de outrem:


1) Senso Crítico - Diariamente nos vemos diante de informações imprecisas, da quais não questionamos o porquê da resposta que damos. Em alguns casos não há essa necessidade de uma resposta mais detalhada, mas há de se criar o hábito da criação de um pensamento mais crítico sobre as situações. As argumentações que fizemos no dia-a-dia passam a ter validade a partir do momento que também apresentamos conclusões, e essas conclusões são tiradas a partir da análise das premissas utilizadas. Assim como a argumentação das palavras, há a necessidade de interpretar o que ouvimos.


O sentido literal das frases nem sempre expressa realmente o que aparenta. Podem haver significados sociais, ironia, o contexto em que a frase foi colocado, tudo isso influí no real valor da frase apresentada. Também estão inclusos os interesses da pessoa que transmite a informação, como o exemplo do corretor de imóveis, onde todas as informações passadas por ele estão carregadas de um interesse maior que é a venda de determinado imóvel. Sempre há mais nas frases do que as próprias palavras mostram. Tanto o primeiro como o segundo parágrafo expõe a diferença entre leigos e especialista em determinado assunto. O cientista sempre procura fatos para justificar o que está apresentando como o que está ouvindo, ele tem um senso crítico sobre a situação.O leigo tende a aceitar verdades ambiguas ou contraditórias simplesmente para defender posições anteriormente tidas como verdade. Este senso crítico é uma forma de se posicionar de uma forma humilde frente a algo desconhecido (a maioria das coisas são desconhecidas por todos), por exemplo, o investigador que procura todas as evidências necessárias para então apresentar um laudo. Esta visão dos cientistas é estritamente responsável, pois a apresentação de conclusões tem que refletir a realidade na maior probabilidade de exatidão possível. Isso leva os cientistas a estudar posições inclusive contrárias as suas teorias, para ter argumentos para refuta-lás. Ao mesmo tempo o cientista mantêm uma mente criativa, para fugir ao padrão de pensamento atual, podendo assim alcançar novas descobertas. O cientista tem que saber quando uma ou outra linha de pensamento é a mais apropriada.



Texto de outrem:

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2) Rubem Alves e a nutrição do bom senso -  É muito interessante a analogia que Rubem Alves faz entre o que se escreve nos jornais, o que comemos e a forma como que digerimos isso tudo. Hoje, não só a televisão, mas todos os meios de comunicação (incluindo a internet) dão uma contribuição enorme para "asnalizar" as pessoas (os asnos que me perdoem). A quantidade de informação que recebemos, precisa sempre passar por um filtro, que podemos chamar (e usar) de bom senso, para que não achemos que tudo o que está "no ar" é por que tem qualidade ou nos passa informações verídicas.


Precisamos ter muito cuidado com o que passamos para o nosso público, senão, caímos nos mesmos erros que cometeram com várias gerações, onde temos que engolir muita coisa que poderia estar dormindo no limbo. Temos ainda a obrigação de pensarmos em formar uma nova sociedade, melhor informada, com mais senso crítico e que saiba separar o "joio do trigo". Pode parecer utopia, mas, de nada irá adiantar nosso tempo acadêmico se não tivermos pelo menos o objetivo de tentar melhorar a sociedade ou pelo menos, nossa categoria. Temos que alcançar este objetivo. Isso se não nos tornarmos estúpidos pela leitura do lixo que nos impõe, há uma possibilidade de, pelo menos, deixarmos muitas sementes plantadas para as futuras gerações. Como exemplo da forma com que nos oferecem esse “banquete de letras”, podemos citar uma cobertura feita pela Revista Veja. Foram dadas, para a cobertura da morte do Papa (assunto que já estava mais que requentado) devido à exaustiva cobertura televisiva, 14 páginas, que possivelmente não acrescentaram nada ao que o leitor já sabia; enquanto que, sobre a maior chacina já ocorrida no Brasil, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, coube apenas algumas poucas linhas, no rodapé de uma página. E, no caso da chacina, morreu mais gente que em um dia de batalha em qualquer das últimas guerras que presenciamos e só merece uma nota de poucos toques no meio da revista? Alguém não está sabendo o que deve nos servir na refeição. Precisamos de verdadeiros nutricionistas das notícias, para que tudo nos chegue na dose certa, com o sabor da verdade e pelo menos o aroma da inteligência e do bom senso. Mas, considero que Rubem Alves termina com uma pequena contradição quando encerra a coluna com a interrogação: "Será que a leitura de jornais nos torna estúpidos?". Acredito que encontramos, também, artigos com muita riqueza de questionamentos e com conteúdo deste que nos serviu como base, para nos tornarmos menos estúpidos, porém ainda teremos um longo e tenebroso inverno para chegarmos em uma primavera cheia de novas espécies, que ajudarão a colorir nossas vidas com pétalas de sabedoria e o verdadeiro pólen fertilizador de boas cabeças. Precisamos trabalhar muito para conseguirmos chegar a uma imprensa melhor que nos forneça pratos ricos em nutrientes e, não somente em calorias, que nos engordam e também podem nos matar de infarto.


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