COHIBA
Ele é muito mais que um símbolo para Cuba. É uma instituição, um verdadeiro orgulho do povo cubano. Mas principalmente, um verdadeiro orgulho para Fidel Castro. Um objeto de desejo para os conhecedores do assunto. Os charutos da marca COHIBA são apreciados pelas bocas mais exigentes do mundo quando o assunto é um bom e inesquecível “puro cubano”.
A história
Para entender o efeito mágico de um COHIBA é preciso voltar um pouco no tempo. No início dos anos 60, logo após a revolução cubana, boa parte dos barões do tabaco deixou o país levando embora seu conhecimento (know-how) na arte de fabricar charutos. Para provar que o país era capaz de manter a hegemonia na terra dos “habanos”, o comandante Fidel Castro criou o charuto COHIBA em 1966, sendo o primeiro a ser fabricado sob o regime comunista. Porém, sua origem é curiosa: um dia, Bienvenido “Chico” Perez Salazar, chefe da segurança de Fidel, foi visto pelo “eterno” presidente cubano fumando um charuto artesanal muito bem feito e de aroma agradável. Foi então que o comandante solicitou que seu segurança lhe apresentasse ao torcedor (profissional responsável por enrolar o charuto) que manufaturava aqueles puros de excepcional qualidade. Assim, Castro foi apresentado a Eduardo Rivera Irizarri, que trabalhava na fábrica de charutos La Corona e gostava de produzir charutos especiais somente por encomenda.
Fidel não resistiu. Experimentou (aquele exemplar tinha formato diferente e sabor marcante, características que não deixaram Fidel esconder sua profunda admiração). Gostou e imediatamente deu ordens para a produção em série. O comandante então criou uma escola para ensinar às mulheres o ofício de enrolar charutos, numa tentativa de criar novas frentes de trabalho. No final de 1965, estava formada a primeira turma de charuteiras, esposas ou parentes dos membros da escolta de Fidel, aptas a trabalhar na fábrica. O projeto da fábrica sempre foi envolto de muitos segredos. Até a casa utilizada para a produção ganhou o nome de casa dos mistérios. Isso porque o casarão tinha sido abandonado durante a revolução cubana em 1959 e os vizinhos falavam que era habitado por fantasmas. E o fato das pessoas que trabalhavam ali não poderem dizer a ninguém o que faziam contribuía para aumentar o suspense.
Mas ainda faltava um nome para o rebento. O comandante, então, solicitou a sua secretária particular Celia Sánchez Manduley que fizesse uma pesquisa. Ele queria um nome que expressasse a alma cubana e que tivesse ligação inequívoca com a história do país. E, do ritual feito pelos nativos que habitavam a Ilha de Cuba, quando bebiam, dançavam e enrolavam folhas de tabaco para sair desta dimensão e entrar em contato com suas divindades, foi batizado um dos melhores charutos cubanos: COHIBA. Em 1966, saiu da fábrica El Laguito a primeira fornada do “charuto de Fidel”. O primeiro formato produzido foi o Lanceros, com 19,2 cm de comprimento por 1,50 de diâmetro. Ao criar esse formato, Eduardo quis fazer um produto mais delicado e elegante, que tivesse vários sabores em sua composição, diferente de outros tabaqueiros que produziam charutos mais grossos.
Durante vários anos, o charuto foi saboreado somente por um restrito grupo de pessoas próximas a Fidel (incluindo ele próprio, que só parou de fumar charutos em 1985 por ordens médicas; Che Guevara, pessoas do governo e corpo diplomático). A marca foi registrada somente em 1969. A partir de 1982, os charutos da marca COHIBA começaram a ser vendidos ao público na Espanha em três tamanhos: Panetela, o Corona Especiale e o Lancero. Quando apareceu nas melhores tabacarias do mundo, a marca já era conhecida como um “Embaixador Extraordinário” da nação cubana, pois era oferecido como presente diplomático, além de ser o charuto preferido do próprio Comandante Fidel. As fotografias que rodavam o mundo e exibiam os COHIBA repousados na boca de Fidel Castro e de alguns dos mais importantes governantes mundiais fizeram a fama deste “puro” cubano, numa ação eficaz do marketing comunista. Assim, os COHIBA tornaram-se um dos símbolos da Revolução, e marcaram o renascimento da indústria de charutos cubana.
Rapidamente, tornou-se o charuto mais desejado do planeta. Inicialmente os charutos eram comercializados em quatro tamanhos: Lancero (um charuto longo e elegante), Corona, Especial e Panetela. Em 1989 mais três tamanhos foram oferecidos: o Robusto, o Exquisito e o Esplendido. Ao conjunto destes seis tamanhos foi dado o nome de Línea Clásica. No ano de 1992, a Habanos S.A., produtora da marca, lançou uma linha top chamada Linea 1492, com o charuto Siglo I, para comemorar o aniversário de 500 anos do descobrimento do Caribe por Cristóvão Colombo.
Recentemente, outro membro dessa linhagem, o Siglo VI, foi lançado no mercado com grande estardalhaço. Feito com a melhor seleção de folhas de tabaco de Cuba, provenientes dos campos de Pinar del Rio, o Siglo VI recebe um tratamento único. Suas folhas, envelhecidas durante três anos, contam com uma terceira fermentação (normalmente as folhas são fermentadas duas vezes), que fortalece o aroma e torna o sabor mais agradável. Além da produção regular, a Habanos produz tiragens especiais limitadas dos COHIBA para eventos e comemorações. Por ocasião do Festival Anual Habanos é produzido o famoso Edición Limitada fabricado com folhas especiais mais escuras. Foi assim que os charutos COHIBA, um dos maiores tesouros da indústria tabaqueira de Cuba, se transformaram nos prediletos dos grandes apreciadores.
Os produtos
O COHIBA é apresentado em três linhas: Clássica (desenvolvida entre 1966 e 1989) composta por Coronas Especiales (15.2cm de comprimento), Exquisito (12.5cm), Esplendido (17.8cm), Panetelas (11.5cm), Lancero (19.2cm) e Robusto (12.4cm); 1492, criada em 1992 para comemorar os 500 anos do descobrimento das Américas, com cinco novos formatos (Siglo I, Siglo II, Siglo III, Siglo IV e o Siglo V, que representam os cinco séculos do descobrimento); e Maduro 5 (introduzida em 2007) composta por três formatos: Gênios (calibre de 52 e 14 centímetros de comprimento), Mágicos (calibre 52 e 11.5 centímetros de comprimento) e os Secretos (calibre 40 e 11 centímetros de comprimento). São também produzidos dois tipos de COHIBA cigarillos não artesanais: o Mini e o Club.
Recentemente, em 2006, para celebrar os 40 anos da marca COHIBA foi lançado no mercado o Behike (o nome é homenagem aos feiticeiros dos Taínos, povos primitivos cubanos), considerado “o produto mais exclusivo da história dos puros”, em caixas umidificadoras de luxo, com 40 charutos cada uma. A produção foi de 4.000 unidades, com anilhas devidamente numeradas, compondo um total de 100 umidores, sendo o único charuto que não voltará a ser fabricado. As caixas foram comercializadas ao preço de €15 mil.
Uma obra-primaO tabaco destinado à elaboração do COHIBA é muito especial. Seu cultivo exige os cuidados mais extremados e a dedicação mais absoluta. Cresce em apenas 10 excelentes várzeas localizadas na zona de Vuelta Abajo, província de Pinar del Rio, a melhor de Cuba. Uma das principais características dos charutos COHIBA está no fato de que eles passam por uma terceira fermentação no tabaco utilizado para sua elaboração, processo que acrescenta um equilíbrio inconfundível ao sabor do charuto. Além disso, todos os tipos de COHIBA, dos menores aos mais robustos, são feitos exclusivamente à mão, com as seleções mais especiais das folhas de tabaco. O COHIBA não é produzido em grandes quantidades, se tornando um charuto seleto e limitado pela qualidade da colheita. Isto faz com que a marca mantenha-se no auge e continue sendo o máximo: o charuto cubano que todos desejam fumar.
Dados corporativos
● Origem: Cuba
● Lançamento: 1966
● Criador: Fidel Castro
● Sede mundial: Havana, Cuba
● Proprietário da marca: Habanos S.A.● Capital aberto: Não
● Presidente: Manuel Garcia
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Fábricas: 1
● Presença global: 80 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 500
● Segmento: Tabacaria
● Principais produtos: Charutos
● Ícones: O Comandante Fidel Castro (seu maior garoto-propaganda)
● Website: www.habanos.com
A marca no mundo
Atualmente a COHIBA, que comercializa um dos charutos mais caros do mundo, e considerado por muitos plantadores, como o mais seleto, comercializa seus produtos em mais de 80 países.Você sabia?● Até pouco tempo atrás, em suas andanças pelo mundo, Fidel Castro presenteava os chefes de Estado e as autoridades com uma caixa dos charutos COHIBA.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Fonte: http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/cohiba-o-preferido-de-fidel.html
“O tabaco sempre deve ser fumado em função do ócio do fumante e não ao ritmo da atividade ou da conversação. Foi somente a partir da introdução do cigarro na Europa que os homens (e as mulheres) puderam trabalhar e fumar o mesmo tempo. Tanto os charutos quanto os cachimbos devem ser desfrutados em paz e tranqüilidade”
Guillermo Cabrera Infante, Fumaça Pura
A história
Para entender o efeito mágico de um COHIBA é preciso voltar um pouco no tempo. No início dos anos 60, logo após a revolução cubana, boa parte dos barões do tabaco deixou o país levando embora seu conhecimento (know-how) na arte de fabricar charutos. Para provar que o país era capaz de manter a hegemonia na terra dos “habanos”, o comandante Fidel Castro criou o charuto COHIBA em 1966, sendo o primeiro a ser fabricado sob o regime comunista. Porém, sua origem é curiosa: um dia, Bienvenido “Chico” Perez Salazar, chefe da segurança de Fidel, foi visto pelo “eterno” presidente cubano fumando um charuto artesanal muito bem feito e de aroma agradável. Foi então que o comandante solicitou que seu segurança lhe apresentasse ao torcedor (profissional responsável por enrolar o charuto) que manufaturava aqueles puros de excepcional qualidade. Assim, Castro foi apresentado a Eduardo Rivera Irizarri, que trabalhava na fábrica de charutos La Corona e gostava de produzir charutos especiais somente por encomenda.
Fidel não resistiu. Experimentou (aquele exemplar tinha formato diferente e sabor marcante, características que não deixaram Fidel esconder sua profunda admiração). Gostou e imediatamente deu ordens para a produção em série. O comandante então criou uma escola para ensinar às mulheres o ofício de enrolar charutos, numa tentativa de criar novas frentes de trabalho. No final de 1965, estava formada a primeira turma de charuteiras, esposas ou parentes dos membros da escolta de Fidel, aptas a trabalhar na fábrica. O projeto da fábrica sempre foi envolto de muitos segredos. Até a casa utilizada para a produção ganhou o nome de casa dos mistérios. Isso porque o casarão tinha sido abandonado durante a revolução cubana em 1959 e os vizinhos falavam que era habitado por fantasmas. E o fato das pessoas que trabalhavam ali não poderem dizer a ninguém o que faziam contribuía para aumentar o suspense.
Mas ainda faltava um nome para o rebento. O comandante, então, solicitou a sua secretária particular Celia Sánchez Manduley que fizesse uma pesquisa. Ele queria um nome que expressasse a alma cubana e que tivesse ligação inequívoca com a história do país. E, do ritual feito pelos nativos que habitavam a Ilha de Cuba, quando bebiam, dançavam e enrolavam folhas de tabaco para sair desta dimensão e entrar em contato com suas divindades, foi batizado um dos melhores charutos cubanos: COHIBA. Em 1966, saiu da fábrica El Laguito a primeira fornada do “charuto de Fidel”. O primeiro formato produzido foi o Lanceros, com 19,2 cm de comprimento por 1,50 de diâmetro. Ao criar esse formato, Eduardo quis fazer um produto mais delicado e elegante, que tivesse vários sabores em sua composição, diferente de outros tabaqueiros que produziam charutos mais grossos.
Durante vários anos, o charuto foi saboreado somente por um restrito grupo de pessoas próximas a Fidel (incluindo ele próprio, que só parou de fumar charutos em 1985 por ordens médicas; Che Guevara, pessoas do governo e corpo diplomático). A marca foi registrada somente em 1969. A partir de 1982, os charutos da marca COHIBA começaram a ser vendidos ao público na Espanha em três tamanhos: Panetela, o Corona Especiale e o Lancero. Quando apareceu nas melhores tabacarias do mundo, a marca já era conhecida como um “Embaixador Extraordinário” da nação cubana, pois era oferecido como presente diplomático, além de ser o charuto preferido do próprio Comandante Fidel. As fotografias que rodavam o mundo e exibiam os COHIBA repousados na boca de Fidel Castro e de alguns dos mais importantes governantes mundiais fizeram a fama deste “puro” cubano, numa ação eficaz do marketing comunista. Assim, os COHIBA tornaram-se um dos símbolos da Revolução, e marcaram o renascimento da indústria de charutos cubana.
Rapidamente, tornou-se o charuto mais desejado do planeta. Inicialmente os charutos eram comercializados em quatro tamanhos: Lancero (um charuto longo e elegante), Corona, Especial e Panetela. Em 1989 mais três tamanhos foram oferecidos: o Robusto, o Exquisito e o Esplendido. Ao conjunto destes seis tamanhos foi dado o nome de Línea Clásica. No ano de 1992, a Habanos S.A., produtora da marca, lançou uma linha top chamada Linea 1492, com o charuto Siglo I, para comemorar o aniversário de 500 anos do descobrimento do Caribe por Cristóvão Colombo.
Recentemente, outro membro dessa linhagem, o Siglo VI, foi lançado no mercado com grande estardalhaço. Feito com a melhor seleção de folhas de tabaco de Cuba, provenientes dos campos de Pinar del Rio, o Siglo VI recebe um tratamento único. Suas folhas, envelhecidas durante três anos, contam com uma terceira fermentação (normalmente as folhas são fermentadas duas vezes), que fortalece o aroma e torna o sabor mais agradável. Além da produção regular, a Habanos produz tiragens especiais limitadas dos COHIBA para eventos e comemorações. Por ocasião do Festival Anual Habanos é produzido o famoso Edición Limitada fabricado com folhas especiais mais escuras. Foi assim que os charutos COHIBA, um dos maiores tesouros da indústria tabaqueira de Cuba, se transformaram nos prediletos dos grandes apreciadores.
Os produtos
O COHIBA é apresentado em três linhas: Clássica (desenvolvida entre 1966 e 1989) composta por Coronas Especiales (15.2cm de comprimento), Exquisito (12.5cm), Esplendido (17.8cm), Panetelas (11.5cm), Lancero (19.2cm) e Robusto (12.4cm); 1492, criada em 1992 para comemorar os 500 anos do descobrimento das Américas, com cinco novos formatos (Siglo I, Siglo II, Siglo III, Siglo IV e o Siglo V, que representam os cinco séculos do descobrimento); e Maduro 5 (introduzida em 2007) composta por três formatos: Gênios (calibre de 52 e 14 centímetros de comprimento), Mágicos (calibre 52 e 11.5 centímetros de comprimento) e os Secretos (calibre 40 e 11 centímetros de comprimento). São também produzidos dois tipos de COHIBA cigarillos não artesanais: o Mini e o Club.
Recentemente, em 2006, para celebrar os 40 anos da marca COHIBA foi lançado no mercado o Behike (o nome é homenagem aos feiticeiros dos Taínos, povos primitivos cubanos), considerado “o produto mais exclusivo da história dos puros”, em caixas umidificadoras de luxo, com 40 charutos cada uma. A produção foi de 4.000 unidades, com anilhas devidamente numeradas, compondo um total de 100 umidores, sendo o único charuto que não voltará a ser fabricado. As caixas foram comercializadas ao preço de €15 mil.
Uma obra-primaO tabaco destinado à elaboração do COHIBA é muito especial. Seu cultivo exige os cuidados mais extremados e a dedicação mais absoluta. Cresce em apenas 10 excelentes várzeas localizadas na zona de Vuelta Abajo, província de Pinar del Rio, a melhor de Cuba. Uma das principais características dos charutos COHIBA está no fato de que eles passam por uma terceira fermentação no tabaco utilizado para sua elaboração, processo que acrescenta um equilíbrio inconfundível ao sabor do charuto. Além disso, todos os tipos de COHIBA, dos menores aos mais robustos, são feitos exclusivamente à mão, com as seleções mais especiais das folhas de tabaco. O COHIBA não é produzido em grandes quantidades, se tornando um charuto seleto e limitado pela qualidade da colheita. Isto faz com que a marca mantenha-se no auge e continue sendo o máximo: o charuto cubano que todos desejam fumar.
Dados corporativos
● Origem: Cuba
● Lançamento: 1966
● Criador: Fidel Castro
● Sede mundial: Havana, Cuba
● Proprietário da marca: Habanos S.A.● Capital aberto: Não
● Presidente: Manuel Garcia
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Fábricas: 1
● Presença global: 80 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 500
● Segmento: Tabacaria
● Principais produtos: Charutos
● Ícones: O Comandante Fidel Castro (seu maior garoto-propaganda)
● Website: www.habanos.com
A marca no mundo
Atualmente a COHIBA, que comercializa um dos charutos mais caros do mundo, e considerado por muitos plantadores, como o mais seleto, comercializa seus produtos em mais de 80 países.Você sabia?● Até pouco tempo atrás, em suas andanças pelo mundo, Fidel Castro presenteava os chefes de Estado e as autoridades com uma caixa dos charutos COHIBA.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Fonte: http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/cohiba-o-preferido-de-fidel.html
ÀS VEZES UM CHARUTO É SÓ UM CHARUTO
Groucho Marx |
Demi Moore |
“Claro, um charuto não é um clube. Charuto, aliás, não é nem brinquedo, nem trabalho: charuto é coisa séria. Um bom fumante, como um bom amante, sempre completa o tempo com seu charuto. Por isso fuma em interiores: não fume o seu charuto no ar morno da noite estival. Nem mesmo para dar uma volta ou para levar o cão até o poste mais próximo. Os charutos são como os gatos: do lado de dentro da porta, em uma cômoda poltrona, no inverno e diante de um fogo acolhedor, no verão perto de uma janela aberta. Mas é bom que você se afaste tanto da calefação quanto do ar-condicionado – e, claro, que esqueça o televisor. O charuto cria suas próprias imagens, e as fotos de um filme ou de um show podem interferir em sua difusão”
“O tabaco sempre deve ser fumado em função do ócio do fumante e não ao ritmo da atividade ou da conversação. Foi somente a partir da introdução do cigarro na Europa que os homens (e as mulheres) puderam trabalhar e fumar o mesmo tempo. Tanto os charutos quanto os cachimbos devem ser desfrutados em paz e tranqüilidade”
Guillermo Cabrera Infante, Fumaça Pura
Charutos e Mulheres
Tradução: Silvana Siqueira
Quem não percebeu o crescimento do número de mulheres que fumam charutos certamente não estava prestando atenção. Muitas estão abandonando a delicadeza dos cigarros pela robustez dos charutos.
Apesar de essa mudança incomodar algumas pessoas, é uma boa notícia para as mulheres. (Por que só os homens podem se divertir?) Hoje, as mulheres modernas já não admitem os antigos tabus envolvendo os charutos. Nos anos 50 e 60 os homens não puderam impedi-las de conseguir empregos e mostrar seu valor também fora de casa. Portanto, não espere que agora elas parem de acender um bom cubano. O número de mulheres que fumam charutos ainda representa uma pequena porcentagem do total de fumantes, mas observadores esperam que este número cresça significativamente nos próximos anos.
Por que esta tendência? Talvez seja mais uma conquista do movimento pelos direitos das mulheres ou simples reconhecimento das vantagens que os charutos têm sobre os cigarros, no que se refere à saúde. Pode ser também porque elas gostam do ritual de acender e segurar o charuto. Ou simplesmente porque apreciam o sabor, o aroma ou a facilidade com que se faz amigos quando a experiência de fumar charutos é compartilhada com outras pessoas. Em outras palavras, mulheres gostam de fumar charutos pelas mesmas razões dos homens.
Charutos são muitas vezes comparados aos bons vinhos e à boa comida, pois devem ser apreciados e saboreados lentamente.
A maioria das mulheres opta por charutos suaves. Há quem pense que charutos pequenos são mais leves; porém, são os maiores que têm sabor menos adstringente, pois queimam de maneira mais lenta e suave, enquanto os menores são tendem a queimar de forma mais rápida e quente.
Mulher, quando decidir experimentar seu primeiro charuto lembre-se de que é muito importante saber cortá-lo para possibilitar o fluxo da fumaça, para isso, é interessante seguir as orientações de um fumante mais experiente, pois existem várias diferenças entre os tipos de charutos disponíveis no mercado. Mas isso não deve ser motivo para preocupação, pois aos poucos você irá adquirindo experiência e fará tudo certo.
Na hora de acendê-lo, opte por isqueiro a gás tipo maçarico, pois outros tipos podem alterar o sabor do charuto. Caso venha a utilizar fósforos, prefira os de madeira e espere que a cabeça do palito se queime por completo, permitindo assim a eliminação dos produtos químicos.
Depois disso, é só saborear seu charuto, faça isso de maneira calma e relaxada, afinal as boas coisas da vida foram feitas para serem apreciadas, como aprendeu Fernanda Ayoub:
O meu envolvimento com este universo iniciou durante a faculdade de hotelaria. Comecei a me aprofundar no assunto e posso dizer que foi amor à primeira vista. E foi assim que o charuto se tornou uma paixão e parte da minha vida.
Confesso que no inicio tive certa dificuldade para entrar nesse mundo tão masculino. Adorava ir a tabacarias, mas me sentia incomodada porque quase sempre era recebida com perguntas como “veio comprar um presente?”, ou então, “é para o seu pai?” e quando respondia com uma negativa, então o vendedor insistia em oferecer charutos mais suaves ou aromatizados, pois “combinavam mais com as mulheres”.
Ayoub lembra que Atrizes como Marlene Dietrich, Jodie Foster, Whoopie Goldberg, Demi Moore, Drew Barrymore, Sharon Stone, Linda Evangelista, Nicole Kidman e a cantora brasileira Fafá de Belém também são apaixonadas pela arte das baforadas. Até mesmo Bonnie Parker, da famosa dupla de criminosos americanos Bonnie e Clyde, arrumava tempo entre seus assaltos para degustar um puro.
Uma das pioneiras atrizes a aparecern fumando num filme foi Leslie Caron, que apareceu em Gigi fumando. O diretor Vincent Minnelli queria mostrar a mudança de personalidade da moça, que após fumar o charuto tornava-se mais firme em relação aos demais protagonistas do filme.
Outras atrizes repetiram o feito: Candice Bergen, em O Canhoneiro do Yang-Tsé, Julie Andrews, em Vítor ou Vitória, e Marlene Dietrich,
no clássico de Orson Welles, A Marca da Maldade.
Mais recentemente no filme O Clube das Desquitadas, de 1996, as atrizes principais, Bette Midler, Goldie Hawn e Diane Keaton eram vistas constantemente segurando seus charutos.
Fontes:
http://basilico.uol.com.br/?p=410
http://www.cigarsforwomen.com/
Fonte: http://www.charutos.com.br/artigos/art_charutos13.htm
Tradução: Silvana Siqueira
Quem não percebeu o crescimento do número de mulheres que fumam charutos certamente não estava prestando atenção. Muitas estão abandonando a delicadeza dos cigarros pela robustez dos charutos.
Por que esta tendência? Talvez seja mais uma conquista do movimento pelos direitos das mulheres ou simples reconhecimento das vantagens que os charutos têm sobre os cigarros, no que se refere à saúde. Pode ser também porque elas gostam do ritual de acender e segurar o charuto. Ou simplesmente porque apreciam o sabor, o aroma ou a facilidade com que se faz amigos quando a experiência de fumar charutos é compartilhada com outras pessoas. Em outras palavras, mulheres gostam de fumar charutos pelas mesmas razões dos homens.
Charutos são muitas vezes comparados aos bons vinhos e à boa comida, pois devem ser apreciados e saboreados lentamente.
A maioria das mulheres opta por charutos suaves. Há quem pense que charutos pequenos são mais leves; porém, são os maiores que têm sabor menos adstringente, pois queimam de maneira mais lenta e suave, enquanto os menores são tendem a queimar de forma mais rápida e quente.
Na hora de acendê-lo, opte por isqueiro a gás tipo maçarico, pois outros tipos podem alterar o sabor do charuto. Caso venha a utilizar fósforos, prefira os de madeira e espere que a cabeça do palito se queime por completo, permitindo assim a eliminação dos produtos químicos.
Depois disso, é só saborear seu charuto, faça isso de maneira calma e relaxada, afinal as boas coisas da vida foram feitas para serem apreciadas, como aprendeu Fernanda Ayoub:
Confesso que no inicio tive certa dificuldade para entrar nesse mundo tão masculino. Adorava ir a tabacarias, mas me sentia incomodada porque quase sempre era recebida com perguntas como “veio comprar um presente?”, ou então, “é para o seu pai?” e quando respondia com uma negativa, então o vendedor insistia em oferecer charutos mais suaves ou aromatizados, pois “combinavam mais com as mulheres”.
No cinema
Outras atrizes repetiram o feito: Candice Bergen, em O Canhoneiro do Yang-Tsé, Julie Andrews, em Vítor ou Vitória, e Marlene Dietrich,
Candice Bergen |
Mais recentemente no filme O Clube das Desquitadas, de 1996, as atrizes principais, Bette Midler, Goldie Hawn e Diane Keaton eram vistas constantemente segurando seus charutos.
Fontes:
http://basilico.uol.com.br/?p=410
http://www.cigarsforwomen.com/
Fonte: http://www.charutos.com.br/artigos/art_charutos13.htm
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